quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sobre o 2° Encontro do Ciclo de Debates



No dia 13/10/2008 foi dado início ao 2º Encontro do Ciclo de Debates em Estudos da Linguagem, contando com suas coordenadoras e os demais participantes.

O tema escolhido foi “A produção do Artigo de opinião em sala de aula: Em busca de um texto significativo” palestrado pela Mestranda Daniele Soares de Lima (UCPEL), tendo como debatedora a Profª Valesca Brasil Irala (Unipampa/ Bagé).

O encontro ocorreu na sede da Unipampa, sala 2, das 14:00 às 16:00 na quinta-feira.

Questionamentos Críticos selecionados dos participantes do Ciclo de Debates:

Autoria de Luiza Klug Guedes- Aluna Letras Português/Inglês(Unipampa)

"O que pude perceber do debate desta semana é que a proposta de se trabalhar com diversos gêneros durante a vida escolar do aluno é importantíssima e que a escola só cumprirá com o papel que lhe é atribuído, o de formar cidadãos, se adotar essa proposta. O aluno que conhece diversos tipos de gêneros textuais, sejam eles escritos ou orais, será capaz de debater e trocar idéias com qualquer pessoa".

Autoria de Janaina Dias Rosso- Aluna Letras Português/ Espanhol (Unipampa)

"Trabalhar com seqüências didáticas proporciona um melhor desempenho em sala de aula, e uma variação de gêneros traz novas possibilidades aos alunos, surgem novas capacidades de desenvoltura. Temos que inovar em sala de aula , sempre trazer idéias novas, novas maneiras de trabalhar com nossos alunos".

Autoria de Heliete Morales- Professora (Escola Estadual)

"Através das considerações feitas pela Profª Daniele é possível visualizar uma "luz na escuridão" das aulas de redação que temos visto por aí e por aqui.Apesar de não ter sido apresentada nenhuma novidade, as idéias que, muitas vezes estão esquecidas no "armário" e que achamos que não são viáveis, foram apresentadas pela palestrante de forma que podem ser colocadas em prática. É só querer. É preciso desacomodação".

(Clique no título acima para saber mais sobre o tema do debate).


13 comentários:

O Lingüísta disse...

Concordo com os comentários críticos citados ao defenderem a importância de se trabalhar com diversos tipos de genêros em sala de aula.Acredito que esta iniciativa contribuirá muito para que os alunos se tornem pessoas críticas ao saberem que tipo de gênero devem utilizar em determinadas situações.

Kalina Lima

Escrevendo ... disse...

Agradeço as contribuições e a oportunidade de mostrar uma experiência com texto escrito. Achei interessante a consideração "vi uma luz no fim do tunel". Portanto, é nesse túnel que eu me situo mesmo, às vezes sozinha, mas acreditando SEMPRE e direcionando meu trabalho de forma a entender que o professor de língua é aquele que deve trabalhar a cidadania e oportunizar por meio do ensino de gêneros uma ação efetiva desse aluno na sociedade (real).
Daniele Soares de Lima

Valesca Brasil Irala disse...

O trabalho com gêneros hoje, apesar de batido nos congressos acadêmicos é, pelo menos na realidade de Bagé, ainda BEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM incipiente. As justificativas de que o aluno deve ser preparado para o vestibular já não "colam" mais, pois esse VESTIBULAR genérico não existe. O que existe são provas cada vez mais condizentes com os conceitos advindos de diversas áreas da lingüística e da lingüística aplicada (como podemos ver nos objetos de avaliação do próximo vestibular da UNIPAMPA) que aborda temáticas mais do que batidas pela Lingüística Textual e pela Sociolingüística... Esse é o caminho provisório que temos para trilhar e fico muito feliz de ver a Dani mostrar um pouco essa trajetória cheia de pedregulhos, própria de qualquer ação docente comprometida, como é o caso do seu trabalho.

Escrevendo ... disse...

Pois é Valesca! eu também acho que esse trabalho é bem incipiente não só em Bagé, eu vi isso em Santa Maria onde tive dois anos de experiência em estágio e via que trazer as questões de gênero para a escola era ainda algo muito novo, mesmo com toda a influência que a Ufsm tem nas escolas. Acredito que um passo estamos dando é manter esse diálogo entre a escola e a universidade, nós só temos a ganhar com isso. Também concordo contigo que alguns professores ainda legitimam a sua prática em cima do "vestibular". Mas que vestibular é esse?? eu tenho mil provas de vestibular e eu provo por a+b que esse vestibular genérico não existe. Ainda bem que a Unipampa está pensando na questão do vestibular não distanciada das práticas que estão sendo discutidas dentro do curso de letras.
Daniele Soares de Lima

Tirado da Gaveta disse...

Me questiono sobre o quão importante é trabalhar com uma sequência didática... Me questiono sobre o quão importante é trabalhar com gênero em sala de aula. Afinal, o que é gênero? Falar em gênero é o mesmo que falar em textos reias do nosso contexto real?
Saber que tipo de gênero deve ser utilizado... (isso é importante)? Ou o importante é despertar senso crítico e questionador seja de qual forma for? "Agora vamos aprender o gênero Charge", isso não é limitar a capacidade de criação de um aluno naquele determinado gênero em um determinado contexto?
'Em busca de um texto significativo'? Não são todos os significativos?

Josiane Quintana disse...

Depois de não poder ter participado do primeiro encontro (por estar apresentando meu poster no Congrega Urcamp), pude participar deste 2º. Apesar da palestra já ter sido apresentada para nós do 5º semestre quando estávamos no semestre passado, ainda assim, pude tirar novas conclusões, novas reflexões foram feitas. é interessante para nós acadêmicos de licenciatura possuirmos a oportunidade de ouvirmos experiências de pessoas que já estão atuando. É possível sim uma prática diferenciada da que estamos acostumados, e este tipo de palestra mostra isso, apesar de ter minhas dúvidas quanto a aceitação dos alunos da palestrante. Será que realmente foi 100% aceita pelos discentes?

Ester Dias disse...
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Ester Dias disse...
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Ester Dias disse...
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Ester Dias disse...
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Ester Dias disse...

Acredito que "romper" com o ensino
tradicional não é uma tarefa nada fácil, pelo contrário, vamos de encontro a inúmeras problemáticas. Acredito que o papel do professor é esse agente de transformação, contribuindo para que o aluno atue e reflita suas práticas como cidadão.
A meu ver, quando falamos em gêneros, a finalidade nada mais é do que contribuir para que o aluno desenvolva sua criticidade e assim compreenda melhor em âmbitos gerais a linguagem oral e escrita. Linguagem esta que ele realmente usa, ou seja, a linguagem que o envolve, não aquela linguagem que é apresentada ao aluno como fenômeno de abstração. "Ah, mas eu não falo o português que eu estudo na escola", indagações como essas são muito comuns não é verdade?!
O que nos cabe enquanto futuros professores e professoras, é acreditarmos que podemos fazer alguma diferença, revertendo essa questão que ainda faz parte da nossa realidade.

Dilmar disse...

Diante do tema aprensentado pela professora Daniela fica uma pergunta: O que fazer para o Ensino baseado seja implantado em todas as escola?
Primeiramente deve-se se feito uma divulgação melhor dos textos, palestras e teorias desenvolvidas sobre o assunto. Sair dos circulos acadêmicos é prioridade para a expansão do método.
Outro fator prioritário é a capacitação dos professores da área de lingua portuguesa, para a partir deles renovarmos as metodologias existentes.
Esta renovação não pode ser feita de maneira repentina, mas sim ela deve vir de forma que vá se adaptando as velhas metologias.

Ester Dias disse...

Concordo Dilmar, tudo isso é um processo, e como tal não acontece de uma hora para outra. Acredito que cada um de nós devemos fazer o nosso papel fincada nos propósitos que acreditamos. Já existem pesquisas que nos dizem que trabalhar com agrupamentos de gêneros na sala de aula, tem surtido bons resultados (ver o projeto Escrevendo o futuro.A 'Olimpíada de Língua Portuguesa', trabalha nessa perspectiva e que vem desenvolvendo resultados positivos quanto à aprendizagem da língua portuguesa. Quando a Valesca diz que: "O que existe são provas cada vez mais condizentes com os conceitos advindos de diversas áreas da lingüística e da lingüística aplicada" referindo-se as provas dos vestibulares, acredito que aqui estamos diante de uma problemática incoerente com as práticas pedagógicas regidas pelo "tradicionalismo". Aqui percebemos, que há um avanço e esse processo vem acontecendo a meu ver, de maneira significativa, prova disso, são os exames de vestibulares...