terça-feira, 25 de novembro de 2008

Sobre o 4° Encontro do Ciclo de Debates

Acontecerá no dia 04/12/2008, na sala 01 da Sede da Unipampa- Bagé, o 4° Encontro do Ciclo de Debates em Estudos da Linguagem.
Tema: "Alfabetização e letramento: uma leitura pela história da educação"
Palestrante: Prof. Ms. Alessandro Bica (Unipampa)

Debatedora:Profa. Msc. Aline Bagetti (Unipampa)



Os textos sugeridos estarão disponíveis na Plancópias ou por e-mail aos participantes.

Sobre o 3° Encontro do Ciclo de Debates





Aconteceu no dia 20/11/2008 na Sede da Unipampa- Bagé o 3º Encontro do Ciclo de Debates em Estudos da Linguagem. Este teve início com uma palestra ministrada pela Profª. Drª. Simone Silva Peres de Assumpção (Unipampa), que tratou do tema "Aquisição da linguagem: diferenças entre crianças e adultos", e na seqüencia tivemos a participação da Prof.ª Ms Cristiane Lazzarotto Volcão (Unipampa), como debatedora.
A Profa. Simone explicou que aquisição da linguagem é a área que estuda sobre e como a criança aprende uma língua. Apontou que uma das principais polêmicas nesse processo de aquisição se dá pela dicotomia: NATURE X NURTURE, que envolve o debate sobre o que seria natural e o que dependeria do ambiente. Após uma exposição sobre as principais teorias de aquisição da linguagem (de Skinner, Chomsky, Piaget e Vygotsky), a Profa. Simone levantou a seguinte questão: "é possível para um adulto aprender bem a língua estrangeira?" Esperamos que os comentários dos participantes do "Ciclo" e deste blog retomem e re-debatam esta e outras questões levantadas.


Questionamentos Críticos selecionados dos Participantes do Ciclo de Debates:


Autoria de Ivete Gonçalves Ferreira- Aluna Letras Português/ Espanhol (Unipampa)

"Sobre o 3º encontro, o que mais me chamou a atenção foi a reflexão da professora Simone e também da professora Cristiane de que muitas escolas infantis oferecem língua estrangeira e muitas vezes os pais realmente confiam na escola e não verificam se quem está trabalhando com seus filhos tem habilitação e também competência para isso.Realmente, se um profissional não conhece a fonologia e toda a complexidade de uma língua estrangeira, como poderá querer ensinar alguém. Eu como estudante não havia ainda me questionado a esse respeito e como mãe também não!!O que ocorre na cidade de Bagé é algo muito questionável, porque algumas escolas de idomas colocam pessoas para trabalhar como instrutores que até podem saber falar e escrever fluentemente, mas talvez não saibam explicar certas coisas da língua, é como se qualquer brasileiro, com ou sem instrução, fosse dar aulas de português, por exemplo no Uruguai. Ele até pode falar e escrever fluentemente o português, mas e os fenômenos da língua, como poderá explicar???"

Autoria de Rosa Rodrigues- Aluna Letras Português/ Espanhol (Unipampa)

"Apesar de termos mais vantagens para aprender uma L2 como a motivação e o fato de já conhecermos uma língua, a materna, vejo que o desprendimento das crianças nos faz grande falta, nós muitas vezes deixamos de praticar o que estamos aprendendo pela preocupação que temos em relação com o que as outras pessoas vão pensar e também pelo próprio medo de errar e ser corrigido. O medo de ser julgado faz com que fiquemos travados, o que acaba bloqueando nosso aprendizado. Normalmente nos adultos quando estamos em público falamos muito sobre determinado assunto quando efetivamente o dominamos, porém só vamos dominar uma outra língua se a praticarmos e é essa consciência que devemos ter em mente e mais do que isso, é o que devemos praticar".





quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sobre o 2° Encontro do Ciclo de Debates



No dia 13/10/2008 foi dado início ao 2º Encontro do Ciclo de Debates em Estudos da Linguagem, contando com suas coordenadoras e os demais participantes.

O tema escolhido foi “A produção do Artigo de opinião em sala de aula: Em busca de um texto significativo” palestrado pela Mestranda Daniele Soares de Lima (UCPEL), tendo como debatedora a Profª Valesca Brasil Irala (Unipampa/ Bagé).

O encontro ocorreu na sede da Unipampa, sala 2, das 14:00 às 16:00 na quinta-feira.

Questionamentos Críticos selecionados dos participantes do Ciclo de Debates:

Autoria de Luiza Klug Guedes- Aluna Letras Português/Inglês(Unipampa)

"O que pude perceber do debate desta semana é que a proposta de se trabalhar com diversos gêneros durante a vida escolar do aluno é importantíssima e que a escola só cumprirá com o papel que lhe é atribuído, o de formar cidadãos, se adotar essa proposta. O aluno que conhece diversos tipos de gêneros textuais, sejam eles escritos ou orais, será capaz de debater e trocar idéias com qualquer pessoa".

Autoria de Janaina Dias Rosso- Aluna Letras Português/ Espanhol (Unipampa)

"Trabalhar com seqüências didáticas proporciona um melhor desempenho em sala de aula, e uma variação de gêneros traz novas possibilidades aos alunos, surgem novas capacidades de desenvoltura. Temos que inovar em sala de aula , sempre trazer idéias novas, novas maneiras de trabalhar com nossos alunos".

Autoria de Heliete Morales- Professora (Escola Estadual)

"Através das considerações feitas pela Profª Daniele é possível visualizar uma "luz na escuridão" das aulas de redação que temos visto por aí e por aqui.Apesar de não ter sido apresentada nenhuma novidade, as idéias que, muitas vezes estão esquecidas no "armário" e que achamos que não são viáveis, foram apresentadas pela palestrante de forma que podem ser colocadas em prática. É só querer. É preciso desacomodação".

(Clique no título acima para saber mais sobre o tema do debate).


terça-feira, 18 de novembro de 2008

Comentário crítico do 1º Encontro do Ciclo de Debates

Reflexão e avaliação de minhas impressões sobre o debate a respeito das idéias de Chomsky e a história da gramática gerativa
Rodrigo B. de Faveri

"Divido minha reflexão e avaliação em três momentos: 1. Minha participação na exposição e defesa do meu ponto de vista sobre o tema; 2. A atuação dos debatedores e demais participantes; 3. As reações por escrito, na forma de comentários, dos participantes. Meu objetivo é o de explicitar o caráter dialógico do debate e avaliar o quanto e de que modo este caráter foi alcançado.
A respeito de minha participação, primeiro em relação à exposição do tema, percebi que em certos momentos eu parecia estar defendendo, contra minha intenção explícita, os pontos de vista de Chomsky. Certamente havia nesta postura um caráter didático e também provocativo. Isto é, estava assumindo intencionalmente a perspectiva do autor a fim de que pudesse ser respondido, argumentado em contrário. Este é o objetivo de um debate: posições opostas buscando alcançar a persuasão do interlocutor ou de si próprio.
No momento em que esta oposição surgiu explicitamente, na voz da debatedora principal, a Professora Clara Dornelles, me pareceu que eu não tinha como persuadi-la do contrário do que ela afirmava, pois afinal eu concordava em parte com o que ela expunha. Além disso, não parecia uma tarefa fácil destrinçar os argumentos que ela apresentava. Mas em alguns pontos eu tinha certeza a respeito do que defendia, e que contradizia o que ela apresentava. Em relação à crítica de Faraco ao método chomskiano, levantada pela debatedora, ficou claro para mim o caráter polêmico da intenção argumentativa deste autor.
Os demais participantes buscaram elucidar algumas de suas dúvidas, e algumas vezes perplexidades diante do “método” chomskiano. Alguns expressaram suas reflexões brevemente por escrito. Todos tiveram algo de valor a dizer, e destaco aqui duas manifestações que podem vir a servir para continuar este debate, talvez em uma segunda rodada. Me refiro aos parágrafos de Dilmar dos Santos e também de Cássia Fernandes. Espero poder ter uma oportunidade de responder a eles em alguma ocasião em breve.
A forma argumentativa do estilo chomskiano não é algo simples de se expôr, ou de trazer à tona sua estrutura. Há alguns anos que me confronto com esta tarefa. Neste período, já encontrei muitos que assumem como definitivo o que Chomsky expõe, outros o rejeitam de todo. Não é esta a estratégia que pretendo desenvolver. Não sou o único nesta tarefa, mas sei que muitos dos que se dizem chomskianos, os adeptos da gramática gerativa, são os que se encontram em pior posição para poder dizer alguma coisa livre de preconceitos".

(Clique no título acima para ter acesso a um dos textos base da discussão do 1º encontro do Ciclo de Debates.)

* Comentários críticos selecionados:

Autoria de Cássia Fernandes- Aluna Letras Português/ Inglês (Unipampa)

"De onde partem ou surgem nossas idéias? O quem importa de fato: o real ou o ideal? aquilo que aconteceu ou o que deveria ter acontecido?

Em Conhecimento da História e construção Teórica na Lingüística Moderna Chomsky faz uma distinção entre História Real e História Ideal, mas em que contribui essa distinção? É preciso conhecer a História para que se tenham idéias novas? Qual história é preciso conhecer?

Em que parte da história se originam nossas idéias? Ou melhor, a partir de que parte da história se originam nossas idéias?

Claro que nossas idéias não partem do zero, não são puras, afinal, todos somos constituídos das coisas que nos cercam, pois estamos inseridos em um determinado contexto. Adquirimos todos os dias um conhecimento “novo”, seja consciente ou inconscientemente, e é justamente esse último que nos faz pensar que, para ter idéias, não precisamos conhecer a história real, não precisamos conhecer todas as idéias que existem. As teorias, é claro que partem de outras teorias, todo conhecimento novo nasce de um outro conhecimento, são influências, são ideais. O que aconteceu antes não deve perder sua importância, mas as idéias (teorias) devem partir (e partem), do que se espera que deveria ter acontecido, senão não teriam nada de idéias e teorias".



Autoria de Dilmar Sanches dos Santos- Aluno Letras Português/ Inglês (Unipampa)


"Ao analisarmos o texto de Noam Chomsky, Conhecimento da história e construção Teórica na Lingüística Moderna, no deparamos com uma questão que vai além da simples análise o tratamento dado aos estudos lingüísticos no decorrer da historia. Chomsky nos leva a refletir sobre a forma linear e cronológica que os fatos históricos são tratados.

Olhar os acontecimentos de um modo cronológico, não nos permite ver como de fato os acontecimentos foram acontecendo no decorrer dos tempos, os eventos não se sucedem obrigatoriamente como se fossem em desenrolar de um pergaminho, onde uma coisa foi escrita após a outra. A verdadeira historia é feita de fatos que podem ter acontecidos antes dos que foram escritos, o que levaria a uma nova forma de encararmos os acontecimentos históricos.

É claro que neste artigo, Chomsky refere-se somente a sua área de conhecimento, a lingüística, mas na verdade está chamando atenção para todas as formas de se contar a história.

O texto e o posterior debate nos levaram a ver que muito embora Chomsky seja convicto com o que prega, ele nos deixa margem para termos nosso próprio entendimento sobre a questão lingüística, de não ficar presos unicamente a idéias pré-existentes, mas te-las talvez como bússola na busca do constante saber".

domingo, 16 de novembro de 2008

Sobre o 1º Encontro do Ciclo de Debates


Aconteceu no dia 06/11/2008, na sala 01 da Sede da Unipampa- Bagé ,o 1º Encontro do Ciclo de Debates em Estudos da Linguagem.

O encontro se iniciou com a palestra do Doutorando Rodrigo Borges de Faveri, que tratou do tema “Os Debates de Chomsky e a história da gramática gerativa”. Na seqüência, a Profa Clara Dornelles (Unipampa) participou como debatedora do assunto.

Rodrigo abordou , inicialmente, a questão do que é um Debate, salientando que este é um processo de interação sustentado com argumentos e idéias, à fim de defender um ponto de vista e acrescentou ainda que um debate construtivo leva a construção de conhecimentos. Para colocar esse processo em discussão, o palestrante falou sobre alguns debates de Chomsky, ocorridos com Piaget, Foucault e Searle.

Saiba  também sobre uma crítica que Faraco fez a Chomsky, quando da visita deste ao Brasil, clicando no título desta postagem.